CULTURA

Artigo: 'Agora a água bateu na bunda'

Artigo: 'Agora a água bateu na bunda'

Publicado em: 06 de junho de 2020 às 12:43
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 10:18

Agora a água

bateu na bunda

Nayara Moreno

Da equipe de colaboradores

Todo mundo já ouviu a expressão acima. É quando uma determinada situação desconfortável chega muito perto de nós e temos que tomar atitudes para não ver o nível de água subindo, o que poderia terminar em um afogamento.

Pois, então. A partir de amanhã (primeiro dia de junho) as regras de isolamento social serão flexibilizadas em boa parte do estado de São Paulo. A vida vai começando a voltar a uma rotina que lembra a rotina de antes. O comércio poderá abrir as portas em Santa Cruz do Rio Pardo e Ourinhos. Caberá às prefeituras a fiscalização e a garantia de que a curva de contágio local não subirá após a flexibilização.

No fundo, é o seguinte: está nas mãos da população. Antes coordenada por ações governamentais, o combate ao Coronavírus vai diretamente para as nossas mãos: os hábitos de higiene, uso de máscara e distanciamento social ficam agora ainda mais imporaltantes, porque, lembrando estamos vivendo o pior (repito: o pior!!) momento da COVID-19 em nosso país e em nosso estado. Foram quase 7 mil mortes no Brasil na semana passada, a mais mortal que vivemos desde o início da pandemia. E os especilistas dizem ainda aue não chegamos na pior fase.

Sabe-se lá porque decidimos sair do distanciamento social justo neste momento, mas vamos lá. A população terá a liberdade e a responsabilidade de se cuidar. A vida estará aos poucos voltando às nossas mãos. Agora é conosco. Mas será que temos consciência social e sanitária de nosso papel? Será que iremos conseguir que a curva de contaminação se achate e comece a declinar?

Setores da população sempre pediram a reabertura do comércio e sempre garantiram que isso não imapctaria na transmissão do poderoso vírus. Ok, chegou a hora.

O sucesso dependerá da manutenção (tomara que para sempre) de importantes hábitos de higiene e relação social. Nós, brasileiros, que sempre fomos tão indisciplinados (em alguns momentos para o bem, em alguns momentos para o mal) teremos de ter novos critérios e regras para nosso dia a dia.

Sendo da área de saúde, naturalmente e por obrigação profissional, sempre tive uma preocupação com questões de higiene acima da média da população. Normal, é minha obrigação. Mas até eu aprendi muitas coisas novas e importantes nesta quarentena e que vou aplicar para o resto da vida.

Vamos lá! Não podemos ser um fracasso neste autogestão de cuidados.

E para terminar: podemos e devemos sim comemorar a flexibilização e a saída do castigo. Mas com respeito às mais de 28 mil famílias que perderam pessoas queridas para o Coronavírus. Para elas, a quarentena a dor será eterna.

* Nayara Moreno

é enfermeira

pós-graduada

e Responsável

Técnica pela

AleNeto

Enfermagem



  • Publicado na edição impressa de 31/05/2020


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