ENCANTO A professora de Artes Simone Mello, do Ensino Fundamental, acompanha desenhos e produções dos alunos durante exposição na quinta
Publicado em: 02 de julho de 2022 às 03:28
Sérgio Fleury Moraes
Uma exposição final dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos marcou o fim do primeiro semestre na escola “Zilda Comegno Monti”, de Santa Cruz do Rio Pardo. Conhecida por fomentar trabalhos dos alunos, a escola promoveu a “Culminância das Eletivas”, uma união e exposição de todos os projetos feitos pelos alunos durante o semestre.
O evento durou praticamente a semana toda e mobilizou todos os alunos da “Zilda” com brincadeiras, esportes e muito conhecimento. Houve danças, apresentações musicais e uma festa junina na quinta-feira, 30, com a participação de professores, direção da escola e alunos.
Segundo a diretora Rosemeire Jácomo Claudio, todas as atividades realizadas no semestre, comandadas por “clubes juvenis” e as “eletivas”, foram apresentadas durante a semana. “Como também é mês de festa junina, resolvemos fazer a nossa, com quadrilhas, alimentos típicos e vestimentas tradicionais”, disse.
A “Zilda Comegno Monti” passou a ter ensino integral desde o início deste ano. “Este tipo de educação tem o objetivo de transformar o aluno em protagonista de todo o sistema. Isto faz com que eles participem ativamente de todas as atividades coordenadas pelos professores”, explicou. Outro diferencial, de acordo com a diretora, é que o professor passa a ser fixo na escola.
A professora de Artes Simone Mello, que leciona no ensino fundamental da “Zilda” – de 6 a 9 anos -, desenvolveu com seus alunos o tema “fotografia”, que resultou na exposição de imagens. Durante o projeto, ela convidou o jornalista Sérgio Fleury Moraes e o fotógrafo Émerson Gonçalves para darem palestras sobre fotojornalismo e fotografia aos alunos.
Na quinta-feira, Simone, que também é uma cantora consagrada em toda a região, se apresentou no palco da quadra da escola, juntamente com alunos. “Nós temos estudantes talentosos, que cantam e encantam”, disse. Durante a tarde, Simone apresentou músicas de Alceu Valença e os alunos também entoaram “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga.
As tradições nordestinas, aliás, foram um dos destaques do Ensino Médio na mostra da “culminância”. Um grupo de alunos pesquisou sobre a literatura de cordel e eles próprios escreveram textos que foram pendurados em sala de aula, como manda a tradição. Segundo o professor José Augusto Claro Júnior, a ideia foi escolhida porque faz parte da disciplina “Itinerário Informativo”, com pesquisas sobre a tradição cultural do Brasil. “Esta literatura foi adaptada para a realidade do interior de São Paulo, que tem tradições caipiradas”, explicou.
Já o grupo do professor Caio Machado de Oliveira escolheu o tema “jogos”, todos ligados à disciplina Matemática. Houve até um tabuleiro semelhante ao famoso “Banco Imobiliário”, além de jogos de cartas adaptado pelos alunos. Algumas alunas pesquisaram o “Punhobol”, um jogo parecido com o vôlei em que a bola só pode ser tocada pelos punhos.
A classe também exibiu uma impressora 3D que fabricou ao vivo peças de um tabuleiro de xadrez. No entanto, chamou a atenção um esqueleto apelidado de “Seu Saul”, em homenagem ao fundador da vila onde se localiza a escola “Zilda”. Alguns softwares de jogos eletrônicos antigos também fizeram parte da exposição, sem deixar de lado jogos tradicionais como tetris, geométricos e até dominó. “Todos foram muito participativos e isto ajuda no desenvolvimento dos alunos”, afirmou Caio.
Na sala ao lado, o grupo pesquisou sobre zoonoses e energias limpas. Os alunos elaboraram uma pesquisa entre familiares dos alunos para saber sobre a contaminação da dengue. Além disso, construíram maquetes mostrando o funcionamento da energia eólica – um ventilador movia as pás de um mini aerogerador e gerava energia para acender uma luz. “Nosso trabalho mostrou os dois lados de cada alternativa energética”, disse o aluno Geovanni Carvalho Torim, 16.
Vice-diretora da escola “Zilda”, Patrícia Camargo lembrou que as exposições não foram abertas ao público em geral por precaução num momento em que a pandemia, embora reduzida, ainda dá sinais de contaminação. “Mas toda a escola participou. Foi muito interessante terminar o semestre e poder exibir todos estes trabalhos”, disse.
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