CULTURA

Elvis não morreu!

Elvis não morreu!

Publicado em: 24 de agosto de 2017 às 15:15
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 15:52

Quatro décadas após sua morte, ‘rei do rock’

ainda é cultuado em todo o mundo e vende milhões

SAUDADE — Elvis Presley morreu quando tinha apenas 42 anos

SAUDADE — Elvis Presley morreu quando tinha apenas 42 anos



Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local

No ano passado, ele ganhou mais dinheiro do que muitas celebridades do planeta. Foram quase R$ 88 milhões arrecadados no período de 12 meses. No entanto, quem seria o dono desta fortuna está enterrado em Memphis, nos Estados Unidos, há quarenta anos, completados na quarta-feira, 16. Elvis Presley, entretanto, ainda está vivo para milhões de fãs de rock e para o comércio que fatura muito com suas inesquecíveis canções.

Em Santa Cruz do Rio Pardo, o “Sebo Literário”, na avenida Pedro Camarinha, invariavelmente tem discos de Elvis para oferecer. E é um dos que mais vendem. “É muito fácil. Quando chega algo do Elvis Presley, vende tudo”, conta o proprietário Dijalma de Souza Marques, que se orgulha de ter inaugurado o primeiro sebo na cidade e contribuir para a cultura santa-cruzense. E lá se vão 12 longos anos.

Aliás, Dijalma admite que é difícil ter algum produto de Elvis no sebo. Na última quarta-feira, 16, data que marcou os 40 anos da morte do “rei do rock”, a loja exibia apenas dois antigos LPs do cantor. Segundo ele, vão sumir em poucos dias.

“Tem gente que entra já perguntando por um disco do Elvis. O pessoal gosta porque eu sempre faço um preço camarada”, conta Dijalma, ele também um fã de carteirinha do roqueiro. “O Elvis fez parte da minha infância”, lembra.

O preço médio de um vinil antigo de Elvis Presley é R$ 50, mas Dijalma ganha o triplo quando resolve oferecer o produto em São Paulo, onde participa de feiras nos bairros do Bexiga ou na avenida São João. “Eu mesmo levo. São os primeiros que vendem”, conta.

Homenagem

LEMBRANÇA — Na quanta-feira, Haroldo tocou solitariamente um música de Elvis para lembrar sua morte

LEMBRANÇA — Na quanta-feira, Haroldo tocou solitariamente um música de Elvis para lembrar sua morte



Na última quarta-feira, o comerciante Haroldo de Andrade, 52, se lembrou dos 40 anos da morte de Elvis Presley. Após o almoço, resolveu fazer uma homenagem silenciosa para o músico cujas canções não podem faltar na sua lista. Pegou o violão e cantou “Suspicious Minds”, uma das músicas mais conhecidas de Elvis.

Sim, Haroldo é músico. “Amador, por favor”, completa. Na verdade, ele trabalhou há muitos anos na rádio Difusora, onde comandou o programa “Momento do Rock” e já dava um jeito de colocar uma canção de Elvis todos os dias. “Se Bil Halley era o pai do rock, o Elvis era uma espécie de deus do ritmo”, diz, admitindo ser fã do cantor, principalmente de sua última fase, mais romântica, justamente quando dava sinais de estar combalido pelo uso de medicamentos e drogas.

No programa radiofônico, Haroldo costumava falar sobre a vida de Elvis. Assim, aprendeu muito sobre o “rei”, inclusive na interpretação de outras vozes. “Gosto muito de My Way, que também é cantada pelo Frank Sinatra. Mas foi na voz de Elvis que ela se imortalizou”, conta.

Para o comerciante, Elvis foi um dos artistas que mais produziram em vida. “É um absurdo a quantidade de músicas dele. Quem entra num site para procurar músicas do Elvis, vai ficar abismado”, garante. Haroldo, na verdade, não é daqueles que guarda discos do roqueiro. “Hoje não precisa, pois basta baixar uma música na internet”, conta, admitindo que seu computador está cheio de canções do roqueiro. Na verdade, ele deu vários discos de presente. “Prefiro compartilhar do que ficar na prateleira juntando poeira. Afinal, a gente ouve o digital mesmo”, contou.

Haroldo, cujos filhos também gostam de Elvis Presley, avalia que as canções do “rei do rock” ainda vão atravessar várias gerações e serão eternas. “Os mais velhos ou jovens gostam da música dele. O Elvis inovou, inclusive com as roupas extravagantes, mas deixou um rastro de saudade com música de muita qualidade”, afirmou.

Definitivamente, Elvis nunca vai morrer.

* Colaborou Toko Degaspari






Elvis influenciou gerações

Desde roupas, estilo, cabelo, costeleta e ritmo,

cantor conseguiu influenciar toda a sociedade

Elvis Presley também teve carreira no cinema, onde gravou 33 filmes

Elvis Presley também teve carreira no cinema, onde gravou 33 filmes



Morto há quarenta anos, Elvis Presley ainda vende de tudo, de música a roupas, passando, é claro, pelas composições que o fizeram brilhar. É provavelmente o cantor que mais possui covers em todo o planeta. Além disso, há réplicas de sua mansão em Memphis — batizada de “Graceland” — em vários países. O “rei do rock”, enfim, influenciou várias gerações, mesmo depois de sua morte.

Elvis Aaron Presley nasceu em janeiro de 1935, em East Tupelo, nos Estados Unidos. Na década de 1950, começou a aparecer para o público dançando nos palcos de maneira ousada, vestindo roupas extravagantes. No começou da carreira, por exemplo, as emissoras de TV relutavam em mostrar Elvis da cintura para baixo, porque consideravam suas roupas um escândalo.

Elvis é o cantor que formou maior número de covers pelo mundo todo, inclusive no Brasil

Elvis é o cantor que formou maior número de covers pelo mundo todo, inclusive no Brasil



Aos poucos, porém, a crítica passou a observar mais atentamente sua técnica, ritmo e, especialmente, a voz. Surgia, então, um dos mais talentosos músicos de rock, sendo reconhecido, já nos anos 1970, como o detentor da mais bela voz de todos os tempos.

Mas foi em 1954 que Elvis começou a cantar rock, inicialmente de maneira descontraída e improvisada em ensaios. Este ano, por sinal, é conhecido como o “marco zero” do rock.

Dois anos depois, Elvis já era celebridade internacional, batendo sucessivos recordes de venda de discos. No início dos anos 1960, também iniciou sua carreira no cinema, com seus filmes alcançando grande bilheteria. Simplesmente participou de 33 filmes.

Em 1967, gravou um disco gospel, que significou uma “virada” na carreira que muitos julgavam decadente. No ano seguinte, fez nos Estados Unidos aquilo que a Rede Globo costuma fazer com Roberto Carlos no final do ano: gravou um especial de Natal para a televisão.

Mesmo morto, Elvis ainda fatura R$ 88 milhões por ano

Mesmo morto, Elvis ainda fatura R$ 88 milhões

por ano



Ao mesmo tempo em que o sucesso era cada vez maior, Elvis passou a enfrentar problemas pessoais. Em 1973 se divorciou definitivamente de sua mulher, Priscilla Presley — a linda mulher que contracenou a série “Corra que a Polícia Vem Aí” — e, em meio à maratona de shows, começou a ter sérios problemas de saúde. Para agravar, ele se alimentava muito mal, principalmente de engordurados sanduíches.

O cantor também tinha problemas de vício em medicamentos. Já obeso, tomava dezenas de comprimidos diariamente contra dores e morreu no banheiro de sua mansão, aos 42 anos. O diagnóstico foi ataque cardíaco. Elvis Presley foi tão amado pelos fãs que durante décadas criou-se o mito de que ele não havia morrido. Mas a verdade é que só morre quem é esquecido.
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