CULTURA

Nalini: 'Lições Eslovenas" (edição de 05/08/2018)

Nalini: 'Lições Eslovenas

Publicado em: 10 de agosto de 2018 às 13:07
Atualizado em: 29 de março de 2021 às 21:54

Lições Eslovenas

José Renato Nalini *

Fiquei uma semana em Ljubljana, capital da Eslovênia e, como ocorre em todas as viagens, aprendi muito. Um país de reduzida dimensão territorial, inversamente proporcional à qualidade de vida propiciada a seu povo. Foi o primeiro país a declarar independência da extinta Federação da Iugoslávia e tornou-se Estado soberano em 1991. Aderiu à União Europeia em 2004 e adotou o euro em 2007.

Sua população total equivale a um décimo do conglomerado insensato chamado capital paulista. São dois milhões os seus habitantes, enquanto a São Paulo expandida – a Grande São Paulo – deve ultrapassar os vinte e dois milhões.

Mas que diferença! A capital é mantida qual cenário lindo, limpo e aconchegante. Não há pichações. Não há garrafas pet. Enxerga-se o fundo dos rios, que atravessam a capital e onde peixes nadam à vontade sobre um solo forrado de pedras coloridas.

Anda-se à vontade a qualquer hora. As margens repletas de bares, restaurantes, galerias, lojas de souvenirs. A feira livre é um show colorido de frutas, verduras, flores, legumes, cereais, roupas e barracas de comida típica muito concorridas pelos próprios eslovenos.

A religião católica é levada a sério. Igrejas com jovens em oração a qualquer hora do dia. Impressiona a Feira de Antiguidades onde existem centenas de pias domésticas de água benta, cada qual mais bonita do que a outra.

O PIB esloveno em plena ascensão: 2,3% em 2015, 3,1 em 2016, 5,0 em 2017, 5,1 em 2018. O PIB em milhões de euros foi de 43.278 em 2017. O desemprego foi de 6,6% e a inflação média anual oscilou de menos meio por cento em 2015 a 1,4% em 2017.

O que se pode aprender com a Eslovênia? Praticamente tudo o que parece faltar a esta grande Nação desprovida de entusiasmo, de esperança, de expectativa de melhora. Que diferença o noticiário daqui e o de lá. Não parece o mesmo Planeta!

Entretanto, se o povo quiser, ele poderá mudar a situação de penúria e indigência moral em que o Brasil foi arremessado por ignorantes insensíveis e confiantes na ignorância ainda maior de quem os elege. Mas para isso é preciso acordar, reagir, indignar-se e assumir o controle da coisa pública. Missão para um povo gigante.

* Renato Nalini é desembargador, ex-secretário de Educação de SP, Reitor da Uniregistral, palestrante e conferencista
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