CULTURA

Terapia através dos bonecos

Terapia através dos bonecos

Publicado em: 05 de março de 2020 às 03:16
Atualizado em: 30 de março de 2021 às 13:40

Eva Carla Tersariolli trata problemas familiares,

empresariais e até casos relacionados à Justiça


Quatro anos atrás, a terapeuta Eva Carla Tersariolli Santos, de Santa Cruz do Rio Pardo, resolveu mudar de vida e estudar terapias através do movimento energético entre os seres, que inclui o inconsciente. Se apaixonou pelo tema e nunca mais deixou de estudar o assunto. Foi neste período que Eva conheceu a constelação — uma terapia sistêmica que envolve vários segmentos, desde familiar até financeiro ou judicial. A constelação é considerada um movimento profundo que atua na alma.

“Você pode fazer uma constelação caso não tenha boas relações com a sogra, por exemplo. As crianças que não conseguem aprender a ler ou escrever, nós também temos a pedagogia sistêmica”, explicou.

Segundo a especialista, processos judiciais que estão parados também podem ser “constelados”, assim como carros ou imóveis que estão à venda há muito tempo e não são objeto de interesse de ninguém. Não é mágica, mas uma questão de energia.

TERAPIA — Eva Carla usa bonecos durante as sessões de “constelação”, com resultados surpreendentes



A técnica consiste em fazer com que o paciente enxergue o problema que está impedindo a realização de alguma coisa. “Tem gente que vem até mim e diz que não consegue economizar dinheiro mesmo tendo bons salários. Durante as sessões, ele descobre o produto pelo qual ele tem compulsão, gerando muitos gastos”, diz.

Há algum tempo, Eva Carla começou a aplicar a constelação usando bonecos, uma novidade na terapia. O paciente senta-se em frente a uma mesa, que deve estar sempre limpa e livre de outros objetos para que, de acordo com a terapeuta, “o campo mórfico possa fluir”.

Campo mórfico é o meio pelo qual circulam informações que caracterizam comportamentos. Geralmente, estas informações estão no inconsciente.

Eva pede para o paciente selecionar um boneco que represente alguma coisa para ele — pode ser um membro da família ou outra coisa, dependendo do motivo pelo qual se está constelando. E um leve toque no boneco o leva para a direção do problema.

A terapia pode ser feita em grupo, mas geralmente é promovida individualmente. “Eu percebo que, sozinhas, as pessoas se abrem mais para falar de seus problemas”, relata Eva Carla.

As situações em que os pacientes estão acompanhados são bem específicas. É o caso de bebês recém-nascidos ou pessoas com certos transtornos mentais que exigem a presença de um terceiro — como a esquizofrenia.

Claro que o processo de constelação também tem seus mandamentos. São três: pertencimento, compensação e ordem. “Sempre é preciso respeitar a hierarquia. Quem chegou primeiro, tem preferência”, explica Eva.

E se a terapeuta tem resultados efetivos em tratamentos para doenças — como a depressão, por exemplo —, a constelação familiar é ainda mais abrangente. “Ela auxilia o combate à obesidade, compulsão alimentar ou insônia”, diz.

Bonecos usados na terapia



A constelação não precisa ser, necessariamente, feita pela própria pessoa. Ela pode ser buscada por um parente e obter resultados surpreendentes. É o caso de uma filha que constelou o pai, que estava praticamente cego pela terceira vez na vida. “Ela veio até mim e disse que o pai estava ficando cego. Já tinha feito duas cirurgias durante a vida. Mas que, naquela ocasião, estava sem dinheiro”, afirma.

Durante a sessão, a paciente percebeu que o problema da cegueira do pai estava diretamente relacionado à saúde financeira de sua empresa. “Até porque, nas outras vezes em que passou pela situação, a firma passava por dificuldades”, reconheceu a paciente.

Sem dinheiro para o procedimento, a solução era mesmo esperar. Até que, uma semana depois, o pai desta paciente teve a notícia de que um processo antigo, que corria na Justiça havia décadas, fora ganho por ele. O dinheiro da indenização era justamente o custo da cirurgia nos olhos.

“Em vez de constelar a cegueira, constelei aquilo que a desencadeava. Eram problemas financeiros e empresariais”, contou.

Outro caso foi o de uma mulher que não conseguia engravidar. Já havia perdido três bebês nas tentativas. O próprio ginecologista já havia dado a gravidez como improvável pela idade. “Na constelação, constatamos que era uma herança da avó, que passou pela mesma situação. Enxergando o obstáculo, ela rompeu essa lealdade com a família. Três meses depois, estava grávida”, lembra. O bebê já tem cinco meses.

Não há restrições de idade para se fazer a terapia. Eva atende desde crianças até idosos. “Trata-se de enxergar o passado, ver o que ficou para trás, resolver e só então seguir em frente”, afirma Eva. 



  • Publicado na edição impressa de 1º/03/2020


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