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‘Mariinha’, filha do ex-deputado Ferraz Egreja, morre aos 94

Grande incentivadora da educação, ela foi vereadora e candidata a prefeita

‘Mariinha’, filha do ex-deputado Ferraz Egreja, morre aos 94

Com filhos e netos: ‘Mariinha’ Egreja (segunda, da direita para a esquerda) sempre priorizou a família

Publicado em: 05 de fevereiro de 2022 às 02:06

Sérgio Fleury Moraes

A professora Maria Luiza Egreja Alves Lima morreu na terça-feira, 1º, em Ipaussu, vítima da Covid-19. Ela tinha 94 anos e deixou o marido Isidoro Alves Lima, os filhos José Eduardo e Maria Luiza, além de netos e bisnetos. “Mariinha”, como era conhecida na cidade, foi vereadora entre 1989 e 1992 e candidata a prefeita de Ipaussu em 1996, quando foi derrotada por Mário Madalena.

Diretora e fundadora da Escola Técnica de Eletrônica de Ipaussu, da qual foi diretora durante mais de três décadas, Luiza foi grande incentivadora da educação. Ela também lutou para a criação da Faculdade de Engenharia Elétrica de Ipaussu, a Intesp, mantida pelo Instituto Tecnológico do Sudoeste Paulista “Sylvestre Ferraz Egreja”. Professora formada na Oapec de Santa Cruz, lecionou na escola “Amador Bueno”.

A paixão de “Mariinha” pela política veio da família. Ela é filha do ex-prefeito, ex-deputado constituinte paulista de 1934 e ex-deputado federal por vários mandatos Sylvestre Ferraz Egreja, que morreu em 2002 aos 100 anos.

Além disso, o irmão de Maria Luiza — Carlos Alberto Viana Egreja, o “Lalo” — foi vereador de Ipaussu entre 1959 e 1963 e prefeito por dois mandatos – 1969-1973 e 1977-1983. “O Lalo nunca usou um automóvel público, preferindo seu Fusca, e doava todo o seu salário para as pessoas pobres”, lembrou o ex-vereador Roberto Tiririca Guidio Perez.

'Mariinha’ Egreja ao lado da neta

Outro irmão, José Silvestre Viana Egreja, foi deputado federal constituinte entre 1987 e 1991. A família Egreja foi proprietárias de terras em Ipaussu, Penápolis e outros estados, além de usinas de álcool também nos dois municípios.

Maria Luiza se dedicou mais de três décadas à Etel, que se transformou numa das principais escolas particulares do Estado no ensino elétrico, e na fundação educacional que leva o nome do pai Sylvestre. Como exemplo, o atual prefeito de Ipaussu, Sérgio Galvanin Guidio Filho (PSDB), formou-se na Etel.

“Mariinha” foi fundadora do Lions Club de Ipaussu nos anos 1960, mas só entrou na política em 1988, quando aceitou o desafio de se candidatar a vereadora pelo PTB. Eleita, foi uma das principais coordenadoras da elaboração da Lei Orgânica do Município, junto com o também vereador Antônio Carlos Vieira.

Em 1996, aceitou o convite para ser a primeira mulher candidata a prefeita pelo PTB, mas foi derrotada por Mário Madalena numa disputa que teve quatro candidatos. Desde então, afastou-se da política.

Casada com o advogado Isidoro Alves Lima, ela sofreu uma grande tristeza no ano passado, quando morreu o filho Sylvestrinho. Com a saúde já debilitada e com sinais de Alzheimer, “Mariinha” não resistiu à covid e morreu na terça-feira, 1º. Foi sepultada no cemitério de Ipaussu na manhã de quarta-feira, 2, no jazigo da família. 

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