O prefeito Sergio Guidio (PSDB) durante entrevista em seu gabinete na quarta
Publicado em: 17 de julho de 2021 às 00:54
André Fleury Moraes
Quando se viu reeleito nas urnas no ano passado, em uma das disputas mais acirradas da história de Ipaussu, o prefeito Sergio Guidio (PSDB) sabia que aquilo era apenas parte do que viria pela frente.
A principal tarefa do tucano era clara: resgatar um bom relacionamento com a Câmara, desgastado por disputas políticas que se acirraram sobretudo no ano passado, quando houve as eleições.
Conseguiu — mas não o fez sozinho. A mudança de postura por parte dos vereadores reeleitos em Ipaussu também ajudou o governo a alavancar projetos que, até então, não tinham saído do papel.
Com um nítido arrefecimento da pandemia, resultado do avanço da vacinação em todo o País, Sergio Galvanin Guidio Filho já consegue reservar algumas horas para planejar o futuro.
Na sexta-feira, 16, o prefeito entregou 200 novas casas populares no município, cujo déficit habitacional será reduzido significativamente.
Enquanto isso, um outro impasse preocupa o governo: conciliar o crescimento municipal com um plano de desenvolvimento. Claro que o projeto se dá a longo prazo e envolve anos.
Para os próximos meses, enfim, o tucano tem outra meta: instalar o transporte urbano de ônibus gratuito em Ipaussu.
Em entrevista ao DEBATE concedida na quarta-feira, 14, Guidio detalha linha por linha sobre aquilo que vem pela frente.
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O sr. vai entregar 200 casas populares nesta sexta-feira. O quão importantes elas serão para reduzir o déficit habitacional de Ipaussu? É um número significativo. A gente sabe que existe um déficit, mas estamos trabalhando para reduzi-lo. O loteamento inaugurado é um projeto CDHU e temos outros loteamentos já aprovados que também vão exercer papel importante nesse desafio. Um deles tem 260 casas, que já começaram a ser construídas. Vou entregá-las até o final de meu mandato. A cidade evolui e a gente tem que acompanhar isso.
Todos percebem uma redução no número de casos e mortes causadas pela Covid-19. Já se vislumbra uma luz no fim do túnel? Sim, o número de internações hoje [quarta-feira, 14] é um terço menor do que o mesmo dia no mês passado. É reflexo da vacinação, claro.
A economia local, bastante afetada pelos fechamentos repentinos, apresentou sinal de melhora. Mas nossa principal preocupação é a Educação. As crianças tiveram, sem dúvida nenhuma, uma perda gigantesca no aprendizado e desenvolvimento. O quanto antes pudermos voltar, melhor.
Como o governo tem planejado o pós-pandemia? A primeira questão é o orçamento. Estamos com dinheiro reservado em caixa. Como o calendário de vacina prevê imunização com a primeira dose até no máximo setembro, já estamos planejando o Natal das Luzes.
O evento é importante não só para o comércio local, mas também para as pessoas que contratamos em frentes de trabalho. Além disso, segue em pé o projeto de criar um novo Distrito Industrial e uma incubadora de empresas para dar oportunidades ao pequeno e médio empreendedor.
O sr. citou uma série de projetos que, naturalmente, implicam no crescimento urbano de Ipaussu. A cidade estará preparada para este avanço? Com certeza. Já estamos em busca do Plano Diretor de Ipaussu, que deve ser entregue até o ano que vem. Isso estava no nosso plano de governo e vai acontecer.
Também vamos implementar uma circular gratuita para amparar os trabalhadores de toda cidade. Nosso atual distrito industrial, por exemplo, fica do outro lado da estrada — e isso afasta as empresas, já que há risco de acidentes.
Nossa cidade é dividida pela rodovia, e muitas pessoas não vêm para o centro justamente por causa disso. Com uma circular gratuita, vamos unificar o município e facilitar o transporte urbano. O projeto não é caro, e o preço mais alto se dá na aquisição dos ônibus. O plano é, a princípio, implementar a medida até o final do ano.
O sr. veio de um primeiro mandato marcado por conflitos com a Câmara, que se acirraram principalmente no ano passado. Mas isso aparenta ter mudado. Como está a relação do governo com os vereadores? Excelente, sem dúvidas, e isso contribui para a cidade. Agora estamos alinhados com todos os vereadores, que têm acompanhado as obras.
Hoje nós ainda temos um problema sério, o da água, mas que vamos resolver em breve. A questão do saneamento é complicada, exige muito investimento, principalmente com o marco do saneamento básico que foi aprovado recentemente. Nós temos 13 poços na região que estão esvaziando ao longo dos anos, e precisamos estar atentos a isso. Uma hora a conta chega.
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