Éder durante visita ao jornal em 2016
Publicado em: 29 de maio de 2021 às 00:14
Sérgio Fleury Moraes
O ex-vereador Éder do Nascimento, de Ipaussu, foi preso na manhã de quarta-feira, 26, em Catalão, município de Goiás. Ele foi parado numa blitz de rotina e os policiais rodoviários descobriram que a placa oficial do veículo dirigido pelo ex-vereador era falsa. O carro, na verdade, era alugado e as placas verdadeiras estavam em seu interior.
Conhecido como Edinho, Nascimento foi eleito vereador em Ipaussu nas eleições de 2008 e foi feroz adversário do ex-prefeito Luiz Carlos Souto entre 2009 e 2012. No entanto, no mesmo período ele foi condenado por ter apresentado “notas fiscais inidôneas” para justificar o reembolso de despesas em viagens em nome da Câmara de Ipaussu. Em 2012, com 102 votos, não foi reeleito.
Éder, que teve os direitos políticos suspensos, costuma dizer que é assessor de um deputado federal. Em sua página no facebook, o ex-vereador se apresenta como “assessor parlamentar da Câmara dos Deputados”.
Na manhã de quarta-feira, 26, ele viajava com um Gol branco com uma placa oficial do Poder Legislativo e um brasão municipal. Quando os policiais rodoviários solicitaram os documentos, Éder do Nascimento se apresentou como vereador de Ipaussu, mas os papéis eram antigos. A Polícia Rodoviária, então, deu voz de prisão ao ex-parlamentar.
Além disso, as placas originais do veículo estavam dentro do carro, que era alugado. O ex-vereador não apresentou o contrato de locação do automóvel. A polícia também encontrou um facão dentro do Gol, o que é considerado “arma branca”.
Éder do Nascimento foi conduzido à cadeia pública de Catalão-GO e vai responder pelos crimes de falsa identidade, falsificação de placa oficial e porte de arma branca. A reportagem constatou que veículo oficial tem livre trânsito em pedágios e ainda não é flagrado em radares porque o número da placa não é visível.
Como vereador, Edinho teve um mandato polêmico. Entre 2009 e 2012, ele viajou várias vezes com as despesas ressarcidas pela Câmara de Ipaussu. Entretanto, foram descobertas várias irregularidades, que levaram o Ministério Público a denunciá-lo. Há farta documentação, como uma viagem a Brasília com notas fiscais de São Paulo ou números de diárias em hotéis superiores aos dias da estadia.
Éder chegou a devolver valores para a Câmara e, por isso, disse que não deveria ter sido processado. Ele também denunciou, sem provas, que colegas vereadores também tinham o hábito de “esquentar” valores para conseguir um ressarcimento maior dos cofres legislativos.
Em 2018 o ex-vereador foi condenado pela Justiça por improbidade administrativa a ressarcir R$ 17,5 mil retirados indevidamente dos cofres da Câmara, além de pagar uma multa no mesmo valor. Eder também foi condenado à perda da função pública que eventualmente ocupava e teve os direitos políticos suspensos por oito anos.
O ex-vereador perdeu um recurso no Tribunal de Justiça e tentou outros no STJ ou STF, mas todos foram julgados improcedentes. No final de 2020, a ação transitou em julgado.
Eder já teve problemas para registrar sua candidatura a vereador em 2016, quando desistiu de disputar a eleição. Ele alegou que perdeu o prazo de desincompatibilização porque era assessor de um deputado federal. Em 2020, com os direitos políticos suspensos, ele não pode se candidatar a vereador.
A reportagem tentou contato com o ex-vereador, mas não houve retorno.
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