Rejeitadas, contas eleitorais de Luizão vão à análise do TRE

André Fleury Moraes

O ex-prefeito de Ipaussu Luiz Carlos Souto (PSD) tenta no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) reverter a decisão de primeira instância que rejeitou sumariamente sua prestação de contas das eleições de 2020, quando foi derrotado pelo tucano Sergio Guidio (PSDB) em uma disputa acirrada.

Luizão, como é conhecido, foi prefeito durante dois mandatos em Ipaussu e hoje é assessor do deputado Ricardo Madalena (PL) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Dono de uma das campanhas mais caras da história de Ipaussu, ele recebeu R$ 100 mil do Fundo Eleitoral. Diz ter utilizado o valor total durante a disputa, mas só conseguiu comprovar R$ 79 mil em prestações de serviço.

Ao todo, a campanha de Luizão custou R$ 122 mil — mais do que o dobro na comparação com o adversário tucano, o prefeito Serginho Guidio.

Para o Ministério Público, a prestação de contas do ex-prefeito possui falhas que constituem “inconsistência grave”.

No recurso ao tribunal, Souto diz que o juiz de primeiro grau “imputa atos de extrema gravidade e lesividade [ao ex-prefeito], que não condizem com os fatos e apresentações”.

Ele diz que a rejeição das contas aconteceu sobretudo pelo atraso na entrega de documentos comprobatórios à Justiça e, a partir disso, pede um novo exame do processo. Em primeiro grau, o magistrado indeferiu o pedido de reexame.

Parecer técnico sobre as contas de Luizão apontam que a prestação possui “vícios insanáveis”. Ele diz, porém, ter apresentado novos documentos que refutam a versão do parecer.