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Criador da Puma foi dono de concessionária em Ourinhos

Mário Cesar 'Marinho' foi sócio da fábrica Puma

Criador da Puma foi dono de concessionária em Ourinhos

Mário César, o “Marinho”, com um modelo pioneiro da linha Puma

Publicado em: 13 de agosto de 2022 às 00:23

Sérgio Fleury Moraes

Quando começou a surgir, no final de 1963, a Puma se chamava Sociedade Lumimari Ltda. e tinha como primeiro local o galpão de uma fazenda em Matão, no interior de São Paulo. Logo depois, se estabeleceu em São Paulo, na avenida Presidente Wilson. O nome, na verdade, era a junção da primeira sílaba de seus fundadores — Luiz Roberto Alves da Costa, Milton Masteguin, Rino Malzoni e Mário César Marinho de Camargo Filho.

Pois Mário César, a sílaba “ma” da Lumimari, fez sua vida empresarial em Ourinhos, onde durante muitos anos foi dono de concessionárias de grandes marcas, como Chysler, Ford e Volkswagen. Ele morreu em janeiro de 2020, está sepultado em Ourinhos e deixou um legado como um dos maiores vencedores no automobilismo brasileiro. Sim: antes de chegar a Ourinhos, em 1970, Marinho foi um dos grandes campeões de competições entre marcas e um dos primeiros pilotos profissionais do País. Era literalmente o “dez”, número que usava quando corria pela equipe oficial da antiga DKW Vemag.

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Como piloto da Vemag, era praticamente imbatível. Chegou a cruzar a linha de chegada em primeiro dirigindo um DKW com apenas três rodas, quando uma delas ficou pelo caminho. Venceu provas de longa duração, como as “500 Milhas de Interlagos” e a “IV Mil Milhas Brasileiras”. Convivia com personalidades como Chico Landi e o argentino Juan Manuel Fangio.

Era um exímio preparador de carros para competições e criou uma segunda empresa em São Paulo, a MM, somente para modificar automóveis.

A fábrica da Puma, da qual era sócio, foi outro exemplo. Marinho testava os modelos nos anos 1960, dava palpites e, inclusive, passou a ser desenvolvedor da marca para competições, quando os automóveis já faziam sucesso no Brasil. Havia modelo próprio para as pistas.

Aliás, os primeiros modelos da Lumimari, que depois mudaria o nome para Puma, tinham mecânica DKW com três cilindros e ciclo de dois tempos — usava gasolina e óleo. Ideia de Marinho, que já era o piloto oficial da Vemag e, de quebra, dono de uma concessionária da marca em São Paulo. Somente em 1968, com o fim do DKW, é que a Puma passou a montar seus modelos em chassis Volkswagen.

No entanto, Marinho se cansou a vida agitada e resolveu morar em Ourinhos e ser dono de uma concessionária de carros, deixando a Puma e as pistas. A General Motors disse que o apoiaria, desde que ele fosse para Bauru.

Marinho recusou e um amigo aproximou o ex-piloto da montadora Chysler, selando definitivamente o destino da família para Ourinhos. Este amigo era Émerson Fittipaldi.

Em Ourinhos, mesmo fora das pistas, Marinho ainda respirava automobilismo e continuava sendo um dos técnicos mais requisitados do País. Era tão “craque” que, quando a Chysler lançou apressadamente o Dodge 1800, em 1972, idealizado para ser o carro perfeito da indústria automobilística, houve um fracasso estrondoso. O carro era lento e o câmbio quebrava facilmente, entre outros defeitos.

Dono da concessionária em Ourinhos, Marinho mandou desmontar um Dodge 1800 e analisou peça por peça. Em seguida, foi à Chysler e mostrou em detalhes o que estava errado. Algum tempo depois, surgia o Dodge Polara, um dos modelos mais impecáveis já fabricados pela montadora. Claro, reestilizado com as “dicas” de Marinho. 

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