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Contrato emergencial suspeito de quase R$ 6 mi poderá ser investigado

Lucas Pocay assinou contrato na sexta-feira, 29, mas funcionários da empresa já tinham vistoriado o Samu três dias antes

Contrato emergencial suspeito de quase R$ 6 mi poderá ser investigado

Na quinta, grupo inspeciona o Samu alegando que era uma empresa que apoiava a faculdade de medicina para a Unifio

Publicado em: 07 de outubro de 2023 às 01:53
Atualizado em: 07 de outubro de 2023 às 03:25

O prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay (PSD), pode ter problemas em justificar aos órgãos de fiscalização o contrato no valor de R$ 5.718.721,62 para contratação da OS “Samais Gestão em Saúde Ltda.”, de Londrina. Desde sábado, 30, a empresa é a responsável pela gestão do Samu Regional, cujas instalações e veículos foram confiscadas pela prefeitura.

O prazo de contratação é de seis meses, o que significa um valor maior do que Ourinhos deveria pagar à Ummes pelo mesmo serviço. A contratação foi na modalidade de dispensa de licitação, alegando situação de emergência.

O problema é que Lucas Pocay pode ser acusado de criar artificialmente a tal “emergência”, uma vez que a Ummes garante que os serviços do Samu não são alvos de reclamações e que a qualidade do trabalho, ao contrário do que diz o prefeito, é elogiada.

Criar artificialmente uma situação de emergência, que na prática pode não existir, já levou o ex-prefeito de Santa Cruz, Otacílio Parras (PSB), a ser condenado pelo Tribunal de Contas do Estado. Isto aconteceu quando o aterro sanitário foi interditado pela secretaria estadual do Meio Ambiente por absoluta falta de condições. Otacílio, então, firmou um contrato emergencial com uma empresa para o transporte do lixo urbano até Piratininga.

 

No sábado, o mesmo pessoal filmado pelas câmeras na terça-feira, 26, estava em frente ao Samu Regional: eram funcionários da Samais

 

O TCE, porém, rejeitou o contrato e a dispensa de licitação. Segundo o órgão, Otacílio teria criado a própria “emergência” ao deixar de cuidar adequadamente do aterro sanitário. No caso de Lucas Pocay, a situação é mais grave pelos valores envolvidos — quase R$ 6 milhões durante seis meses.

Mas há denúncias de que o contrato teria sido estabelecido antes mesmo de qualquer formalização ou assinatura. A suspeita veio à tona porque, na terça-feira, 26, um grupo de dirigentes da “Samais”, sem se identificar, esteve no Samu Regional e pediu para inspecionar as instalações. A justificativa era de que estavam analisando a estrutura da Saúde Pública do município para apoiar a instalação do curso de Medicina na universidade FIO. Não era verdade.

A reportagem teve acesso às filmagens do grupo entrando no prédio do Samu. No sábado, 30, algumas destas pessoas estavam no portão da unidade, como funcionários da empresa “Samais”.

 

Publicação do contrato milionário com a Samais aconteceu na sexta-feira, 29

 

A situação revela suspeita de que o prefeito Lucas Pocay já tinha acertado a contratação da “Samais” antes mesmo do processo ser concluído. Somente na sexta-feira, 29, o “Diário Oficial” do município publicou o contrato com a Samais.

A invasão do Samu foi cancelada pela Justiça, em decisão que saiu na terça-feira.

 

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