Sergio Guidio (à direita) disse que tentou o diálogo amigável o tempo todo
Publicado em: 07 de outubro de 2023 às 00:03
Atualizado em: 07 de outubro de 2023 às 03:26
No sábado, o presidente da Ummes, Sérgio Guidio, tentou impedir a todo custo que a prefeitura “invadisse” a sede do Samu Regional, que estava sob controle do consórcio de municípios. No início da noite, quando percebeu que não havia mais condições de proteger o prédio, Guidio deixou o local e se dirigiu à Central da Polícia Civil para denunciar o prefeito de Ourinhos, Lucas Pocay. Três dias depois, a Justiça suspendeu o ato de Lucas Pocay.
“Com o apoio da Guarda Municipal, a administração invadiu a sede do Samu e assumiu, de forma arbitrária, um serviço que não é da prefeitura de Ourinhos, mas de todas as cidades que compõem o sistema. Eles vieram com uma empresa do Paraná que ninguém conhece”, afirmou Guidio, “e até requisitam os trabalhadores da Ummes porque a nova empresa nem funcionários tinha”, criticou.
O presidente disse que a situação é preocupante em relação ao serviço regional do Samu. “Na verdade, como a prefeitura de Ourinhos não cumpre os pagamentos à Ummes, como é que vai pagar os funcionários requisitados?”, questionou.
Guidio não quis comentar o valor do débito de Ourinhos ao consórcio, mas a reportagem teve informações de que o montante passa de R$ 3 milhões.
“Todos os móveis e equipamentos que estão naquele prédio pertencem à Ummes e o prédio está cedido por uma lei municipal desde 2012. É a mesma coisa que invadir e tomar posse de uma casa ocupada por alguém. As coisas não podem funcionar assim”, reclamou o presidente. Ele anunciou que já comunicou o fato ao governo de São Paulo e, inclusive, conversou com representantes do Ministério Público.
Guidio criticou o uso da Guarda Civil armada pelo prefeito de Ourinhos. “Essa guarda só pode ser usada na defesa do patrimônio municipal. Mas a posse daquele patrimônio é da Ummes”, explicou. Ele admitiu que, em alguns momentos do conflito, achou que a integridade física das pessoas ficou em perigo.
O presidente da Ummes disse que também vai levar o caso ao Ministério Público Federal, uma vez que o sistema do Samu envolve recursos da União. Sobre resolver a situação com diálogo, Sergio lamentou a ausência de Lucas Pocay. “Todos viram que eu tentei conversar. Infelizmente, o prefeito de Ourinhos não teve a coragem de se sentar com os prefeitos ou acompanhar a invasão no local”, afirmou.
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